Todo paciente que precisa passar por um procedimento cirúrgico se preocupa com a anestesia. Faz parte do dia a dia de um cirurgião o esclarecimento acerca da importância, dos benefícios, dos riscos e da necessidade desse processo, para a realização da cirurgia.
Acompanhe esse artigo até o final e entenda quais são os tipos de anestesia, suas indicações e o que cabe ao paciente perguntar ou esclarecer à equipe, antes do procedimento.
TIPOS DE ANESTESIA E SUAS INDICAÇÕES
Geral, local e regional são os tipos existentes de anestesia que podem ser utilizados em uma cirurgia ortopédica.
ANESTESIA GERAL
Indicada para procedimentos de grande porte ou complexos, como ressecção de tumores, e artroscopia do ombro, por exemplo. Ou, em alguns casos, quando o paciente apresenta alguma contraindicação para os outros tipos de anestesia. Ela é administrada pelo anestesista por injeção ou inalação e os fármacos utilizados mantém o paciente temporariamente inconsciente, já que seu efeito acontece no cérebro e no sistema nervoso.
O paciente segue monitorado durante toda a cirurgia, com a avaliação constante dos sinais vitais por parte do médico anestesiologista.
Durante a recuperação da anestesia, alguns pacientes relatam sonolência, náusea e dor de cabeça. Dor na garganta também é frequente e isso acontece devido à intubação temporária à qual o paciente é submetido.
Em resumo, trata-se de um dos tipos de anestesia mais utilizados em cirurgias de modo geral, principalmente aquelas que ultrapassam as 2 horas de duração.
ANESTESIA REGIONAL
Nessa opção, os nervos de uma determinada região do corpo são bloqueados, sem afetar a respiração ou o cérebro.
Esse é o principal tipo de anestesia utilizada em procedimentos ortopédicos. Geralmente, o paciente também é sedado, para um maior conforto, durante a cirurgia. No entanto, ele não fica inconsciente, apenas em um sono leve.
Raquianestesia, bloqueios epidural ou peridural e bloqueio dos nervos periféricos são os 3 subtipos de anestesia regional utilizados e escolhidos, conforme a necessidade do paciente e seu histórico clínico no tocante à anestesia.
Isso porque essas opções podem causar reações alérgicas e dificuldade para urinar, ainda que apresente menor risco de complicações, maior controle da dor no pós-operatório e menor perda de sangue.
ANESTESIA LOCAL
Esse tipo de anestesia é utilizado em procedimentos mais curtos. Isso porque a região permanece anestesiada por um pequeno período de tempo. E, geralmente, o paciente se mantém acordado, durante a intervenção.
É comum que a anestesia local também sirva de complemento para a anestesia principal, durante um procedimento como artroplastia, por exemplo.
A CONSULTA COM O ANESTESIOLOGISTA É IMPORTANTE?
Na verdade, essa conversa com o médico anestesiologista é fundamental. Só assim o profissional estará devidamente preparado e com as precauções necessárias para garantir sua segurança e seu bem-estar, durante toda a cirurgia.
É nesse encontro que os medos são derrubados e que as informações são coletadas, tanto na via médico-paciente, quanto ao contrário.
Por meio da experiência do paciente com procedimentos cirúrgicos e tipos anestésicos, de informações sobe hábitos de vida como fumar e beber, do histórico médico sobre alergias a medicamentos o médico anestesiologista e a equipe do cirurgião saberão indicar o melhor tipo de cirurgia para cada caso.
Não deixe de conversar abertamente com a equipe que te atende. Ter informações como essa em mãos também é uma maneira de estar seguro, na hora da sua cirurgia.
Dr. Rogério Amaral – Cirurgião Ortopedista especialista em ombro, quadril e tumor ósseo. | CRM-GO 7296 | RQE 3723