Movimentos repetitivos de punho e braço podem desencadear uma condição dolorosa na articulação do cotovelo chamada de epicondilite lateral.
Ainda que seja conhecida como “cotovelo de tenista”, a inflamação dos tendões do cotovelo está diretamente ligada ao esporte menos de 5% dos casos.
Se você realiza movimentos repetitivos com punhos e braços, continue a leitura deste artigo e entenda o diagnóstico de epicondilite lateral.
ESTRUTURA DO COTOVELO
Úmero, rádio e ulna são os ossos que compõem a anatomia do cotovelo, considerado uma articulação do tipo dobradiça.
Os movimentos de extensão e flexão do cotovelo são proporcionados pelas articulações ulnoumeral e radiocapitelar, enquanto os de rotação e supinação do antebraço são possibilitados pela articulação radioulnar proximal.
Nervos, músculos e tendões também fazem parte da estrutura do cotovelo e contribuem os movimentos da articulação.
EPICONDILITE LATERAL
Trata-se de uma inflamação dos tendões fixados no epicôndilo lateral que pode advir dos movimentos repetitivos da articulação e/ou sobrecarga mecânica.
SINTOMAS
Inicialmente, os incômodos dessa condição são relatados como sutis. No entanto, com o tempo, esse incômodo se torna uma dor passível de incapacitar movimentos simples, como segurar um copo de água ou mover uma cadeira de um lado para o outro.
A região fica mais sensível e alguns pacientes também apresentam formigamentos, rigidez e queimação no cotovelo e antebraço.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O histórico médico e a avaliação física do paciente já são suficientes para diagnosticar a epicondilite. No entanto, exames de radiografia e ultrassonografia podem ser solicitados para uma avaliação mais detalhada da condição da lesão.
Isso porque outras lesões e condições médicas, como tumores ou artrite, podem estar associadas e essas informações são fundamentais para a definição adequada do tratamento.
Para a maioria dos casos de epicondilite lateral, o tratamento clínico com uso de antiinflamatórios e analgésicos associado a sessões de fisioterapia já consegue melhorar a inflamação.
Quando o tratamento conservador não surte o efeito desejado na melhora das dores, a infiltração com corticoide, ácido hialurônico ou plasma rico em plaquetas guiada por ultrassom pode ser indicada. No entanto, é fundamental que este tratamento seja realizado por um ortopedista especialista na articulação e no procedimento em si.
São raros os casos que necessitam de cirurgia para a melhora da epicondilite.
COMO PREVENIR?
– Esteja atento(a) aos seus movimentos e a maneira como os realiza.
– Alongue-se, sempre.
– Exercite-se com acompanhamento profissional.
– Evite exigir muito da articulação, diminua a carga e a intensidade dos movimentos ao sentir qualquer incômodo e não hesite em procurar por um especialista para avaliar.
Qualquer condição diagnosticada precocemente tem mais chances de se resolver com tratamentos mais simples.
Cuide-se, sempre.
Dr. Rogério Amaral – Cirurgião Ortopedista especialista em ombro, quadril e tumor ósseo. | CRM-GO 7296 | RQE 3723
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