TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL

Cirurgia Ortopédica

Tumores ósseos na articulação do quadril não são nenhuma sentença! É importante destacar que há diferentes opções de tratamento, dependendo da complexidade do caso, do tamanho e do tipo de tumor e quando ele foi descoberto.

A artroplastia de quadril é uma das formas de devolver a qualidade de vida, diminuir a dor e restabelecer a função da articulação e seus movimentos. Há casos em que há a substituição da articulação do quadril “doente” por uma artificial (prótese). Trata-se da artroplastia total do quadril. Quando ela é indicada? É um procedimento complexo? E o pós-operatório?

Continue a leitura e saiba as respostas destas e outras perguntas relacionadas ao tema.

INDICAÇÕES

A prótese no quadril é indicada quando o tumor acomete o acetábulo, a parte da bacia ou a parte proximal do fêmur. Nestes casos, é necessário substituir, ou seja, ressecar o tumor e colocar uma prótese total do quadril.

Também é indicado nos casos de fratura patológica devido a um tumor, na qual não é possível fazer a fixação dessa fratura com placa, parafuso ou haste. É necessário fazer a substituição por uma prótese total de quadril.

Na maioria dos casos, o tumor acomete uma parte maior do fêmur. Diante disso, é preciso colocar uma prótese especial, chamada endoprótese, que substitui parte do osso proximal. É feita a retirada de 10 a 15 cm do fêmur ou, dependendo do tumor, há a substituição total.

Há também a substituição da parte do acetábulo para fazer a conexão com essa endoprótese do fêmur proximal.  Essa margem oncológica é necessária para evitar que o tumor volte.

PÓS-OPERATÓRIO

O pós-operatório começa no mesmo dia da cirurgia ou no dia seguinte. Se for trocada apenas a parte próxima do fêmur, é recomendado o uso de muletas dos dois lados por 14 dias. Depois, em um lado por mais 7 dias, até sentir confiança em deixar as muletas.

Para trocas maiores com endoprótese, é recomendado o uso de muletas por 45 dias dos dois lados e, depois disso, uma muleta por mais 15 dias do lado bom.

É importante salientar que o pós-operatório de um paciente oncológico é um tratamento multidisciplinar.  O processo depende não apenas do cirurgião, mas também do oncologista, nutricionista, fisioterapeuta, equipe de enfermagem e, em alguns casos, equipe de psicologia.

NÃO SE DESESPERE!

Portanto, se você teve um diagnóstico de tumor ósseo ou conhece alguém que teve, fique calmo! Procure um especialista de sua confiança, siga as orientações e lembre-se: na maioria dos casos, o desfecho é positivo!

 

Dr. Rogério Amaral – Cirurgião Ortopedista especialista em ombro, quadril e tumor ósseo. | CRM-GO 7296 | RQE 3723

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