A artroplastia total ou parcial do quadril é uma das cirurgias ortopédicas mais bem sucedidas da medicina.
Realizada desde a década de 60, a cirurgia de prótese de quadril vem evoluindo com novas técnicas, materiais e habilidade dos cirurgiões, visando devolver a mobilidade dos pacientes e melhorar os quadros de dor.
Existe uma dúvida muito comum acerca da relação da prótese de quadril com o diagnóstico de osteoporose.
Continue a leitura desse artigo e entenda:
– Os riscos e benefícios da prótese para os pacientes com osteoporose
– Como deve ser a fixação da prótese
– Quais cuidados devem ser tomados pela equipe médica e pelo paciente
OSTEOPOROSE
Para falarmos dessa relação, é preciso entender o diagnóstico de osteoporose.
O tecido ósseo do corpo humano é absorvido e substituído constantemente. Quando a substituição não acompanha a velocidade da absorção dessa camada óssea, temos o diagnóstico de osteoporose.
Em resumo, trata-se de uma perda progressiva de massa óssea, o que deixa os ossos enfraquecidos e mais vulneráveis às fraturas.
A condição é natural do envelhecimento e, para alguns pacientes, ela se desenvolve em maior velocidade do que para outros.
RISCOS E BENEFÍCIOS DA PRÓTESE DE QUADRIL PARA PACIENTES COM OSTEOPOROSE
Os benefícios de uma prótese de quadril são os mesmos para todos os pacientes e envolvem:
– Melhora dos níveis de dor
– Melhora da mobilidade e agilidade
– Melhora da estabilidade e equilíbrio
– Aumento da qualidade de vida
Quanto aos riscos, é preciso considerar que eles existem, ainda que em baixa ocorrência, independentemente do diagnóstico de osteoporose e podem incluir: questões cardiopulmonares, infecções superficiais e tromboembolismo.
A porcentagem desses cenários é muito menor, quando comparada aos benefícios que o paciente ganha com o procedimento.
Um risco adicional ao paciente com osteoporose é a fratura intraoperatória, que pode ocorrer no momento da fixação da prótese. No entanto, um cirurgião experiente poderá se precaver, com exames específicos na parte óssea dessa região, ou solucionar a intercorrência, com manejos adicionais de reposicionamento e fixação do osso fraturado, durante a cirurgia.
É importante lembrar que os riscos são minimizados quando o planejamento cirúrgico é feito de forma adequada e minuciosa, com a escolha assertiva do tipo e tamanho de prótese e sua fixação, para os pacientes nessas condições.
QUAL É A FIXAÇÃO INDICADA?
A avaliação é feita individualmente, de acordo com o grau de osteoporose e da condição óssea da região em que a prótese deverá ser fixada – principalmente do fêmur.
Estudos apontam que as próteses cimentadas apresentam menos riscos de fraturas intracirúrgicas e no pós-operatório.
No entanto, o planejamento cirúrgico deve ser individualizado e a decisão da técnica de fixação deve ser tomada em conjunto.
QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS?
CUIDADOS DO CIRURGIÃO
– Planejamento cirúrgico adequado
– Escolha da fixação indicada para a condição óssea do paciente
– Habilidade no momento da cirurgia, evitando fraturas no momento da fixação
CUIDADOS DO PACIENTE
– Seguir as orientações do pós-operatório à risca
– Fazer a reabilitação conforme prescrita
– Fazer o acompanhamento regular com o cirurgião ortopedista
Em resumo, é possível dizer que quem tem osteoporose pode fazer uma artroplastia de quadril. Basta procurar um cirurgião experiente, que se preocupará em reduzir os riscos envolvidos entre essa condição e a cirurgia de prótese de quadril.
Dr. Rogério Amaral – Cirurgião Ortopedista especialista em ombro, quadril e tumor ósseo. | CRM-GO 7296 | RQE 3723
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